1. |
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I ato
segundos transformados em guilhotinas, uma doce forca que te aguarda a cada minuto, as horas são a dama de ferro que te abraça, o compasso anuncia a guerra! o carrasco sou eu! sua ampulheta está se esgotando, a doença da pressa se propaga! o tempo é mais livre que você, e as pessoas estão a serviço dos ponteiros! quem não banca o vivo, acaba morto! submisso a você, a vítima agoniza dias e noites antes da morte.
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2. |
Celebração da Fome
07:34
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II ato
sem nada de carne entre os ossos e a pele. o sistema, que não dá de comer, tampouco dá de amar. vestindo rancor, à margem de minha agonia! desolação! a angústia reflete o castelo de mágoa que se ergueu em meio à batalha da fome de abrazos que transborda e inunda o reino do meu coração! celebração da culpa e da dor que sufocam minhas falsas verdades. a navalha quente que corta o discurso, e concretiza o sentimento de impotência! a vítima ainda agoniza… you and me.
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3. |
Celebração da Decolagem
03:27
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III ato
segure-se! datilografando o ar com os dedos, fazendo arder em chamas todo seu passado, seus sonhos fugiram do travesseiro, um mundo novo contigo é levado… perder-se também é caminho! ensinados a divorciar a alma do corpo e a razão do coração. às vezes o vento muda o ar, propagando inquietação! o cárcere que outrora foi obstáculo foi devorado pelo pássaro em mim. entortando grades, sobrevoando muros… sem direção! perder-se também é caminho! como um estranho no ninho, que voe livre o pássaro livre.
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4. |
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IV ato
existe desdém pelas dores da iconoclasta solitária, que sem uma gota de humildade segue esbravejando por todas as vielas que passava que a ignorância é uma bênção (prxs outrxs)! ela é uma competidora enrustida que leva sua vida com seu orgulho ferido, cultuando a sua própria imagem com seu particular individualismo! abominável ser frágil e volúvel, malogra-se a todo instante. eis a conspiração da alma indomável desmoralizando o seu exterior. o tom monótono desta vida lhe enoja, à espera de um ato quimérico que lhe interrompa o sofrimento contínuo dos nossos erros repetidos exaustivamente! só eu sinto essa dor da coisa, me faz bufar de raiva com vontade de arranhar-me o rosto. o seu nome é frustração. eu sou a coisa!
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5. |
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V ato
qual é o preço que estamos dispostos a pagar, enquanto perpetuam nosso próprio penar? nossas verdades não são pra todos os ouvidos, passou da hora de cairmos do cavalo! suor e merda são (sua libertação) o combustível que move as malditas engrenagens do progresso! crescei e multiplicai-vos luxuriosas tentações da civilização de consumo!
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